O mercado imobiliário está muito ligado ao estado da economia brasileira. Em um cenário de crescimento, há baixas taxas de juros e bastante crédito disponível. Como resultado, há mais oferta de imóveis e um aquecimento quanto ao contrato particular de compra e venda de imóvel. Já uma crise econômica afeta toda a composição do cenário e dificulta o processo de vender imóvel. Confira esse post e entenda o mercado atual.
Desde meados de 2014 o Brasil sofreu diversos impactos na economia, que entrou em recessão. Em 2018, o Produto Interno Bruto (PIB) avançou 1,1%, o que ajudou a consolidar a retomada do crescimento brasileiro. Como consequência, o segmento imobiliário promete apresentar novos resultados em 2019, se as perspectivas negativas do mercado não se realizarem.
Para entender o que vem por aí, conheça o mercado imobiliário antes de decidir vender imóvel e saiba se vale a pena.
O cenário antes da crise econômica
Antes de crise econômica atingir o país, o setor de imóveis estava bastante aquecido. Embalado pela oferta de crédito, por programas de incentivo e pelo otimismo econômico, o setor experimentava um grande desenvolvimento.
Em 2012, o Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP) apontou um crescimento de 47% na compra de casas e apartamentos na capital paulista. Entre os imóveis usados, o avanço de comercialização foi de 16%.
De 2008 a 2013, também houve um aumento nos preços: a valorização foi de 121%, o que colocou o cenário brasileiro como o mais intenso do mundo. No chamado “boom” imobiliário, o setor estava altamente otimista e a composição favorecia as vendas.
Os resultados durante a crise
Com o começo da crise econômica, o mercado de imóveis logo sentiu o impacto. Juros em alta e crédito reduzido fizeram diminuíram a acessibilidade às compras. Além disso, os clientes ficaram menos confiantes em realizar as aquisições.
De dezembro de 2014 a setembro de 2018, o valor dos imóveis caiu 18%. A perda observada foi real, ou seja, já descontando a inflação. Essa condição, portanto, aponta um cenário menos interessante para quem deseja, enfim, poder calcular Imposto de Renda sobre a venda de imóvel.
O problema não afetou apenas os vendedores que são pessoas físicas. As incorporadoras estiveram entre as maiores prejudicadas, já que ocorreu um aumento de 60% nas ações de distrato. Ou seja, a devolução de imóveis comprados na planta disparou em 2017, em relação ao ano anterior. Isso deixou muitas unidades paradas e desvalorizou ainda mais o preço de algumas DELAS.
Os números mais recentes do setor
Embora 2017 tenha apresentado um PIB positivo de 1%, foi o ano de 2018 que consolidou a retomada de crescimento do Brasil. Como resultado, também afetou o setor imobiliário de um jeito positivo.
Em primeiro lugar, a Selic, a taxa de juros da economia, manteve-se em 6,5% — patamar que é considerado o menor da história. Isso torna o crédito menos caro, o que possíveis compradores tenham acesso a novas possibilidades.
De acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o crédito imobiliário cresceu 23% no primeiro semestre de 2018, em relação ao mesmo período de 2017. Com mais dinheiro disponível, mais vendas podem acontecer.
Além disso, o número final de 2018 trouxe um aumento nos preços. Após uma sequência de quedas, o valor avançou 0,64%. Embora o número ainda não seja tão grande, é um desempenho positivo para quem decide vender imóvel.
No consolidado, a comercialização de imóveis aumentou 32,1% no segundo semestre de 2018, em comparação a 2017. Já os lançamentos cresceram 3,1% e a comercialização de unidades novas chegou a 120.142, o que representa uma expansão de 19,2% na venda de opções novas.
As expectativas para 2019
O consenso entre os especialistas é que 2019 marca a potencial retomada de crescimento do mercado imobiliário. As condições econômicas são especialmente favoráveis: juros baixos, confiança elevada e crédito barato.
Paralelamente, o segmento ainda se recupera da mais grave crise econômica da história brasileira. Portanto, a retomada não será completa e ganhará impulso de 2020 a 2023. Mesmo assim, os números são animadores.
Segundo a Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), a expectativa de avanço do setor de imóveis é de 10% para o final de 2019. Isso se deve, inclusive, ao equilíbrio entre demanda e estoque.
Em 2018, foram 32,8 mil lançamentos imobiliários em São Paulo, em um desenvolvimento de 4%. A comercialização, entretanto, subiu 27% e atingiu 29,9 mil. Com menos unidades paradas, o preço das ofertas tende a se estabilizar e até crescer, o que favorece todo o setor.
Na média, é possível prever um desenvolvimento para o segmento, desde que a economia reaja. Quem ainda não tem um imóvel, tem nesse momento o melhor período para fazer a compra antes de uma grande valorização. Para quem deseja vender, o cenário se aproxima das condições ideais para potencializar os investimentos.
A opção do aluguel em relação à venda
Em um cenário pouco favorável para o mercado imobiliário, como foram os últimos anos, a locação ganhou força. Com a dificuldade de obter crédito e a falta de confiança, o aluguel passou a ser encarado como uma boa alternativa. Em 2017, esse tipo de contrato cresceu cerca de 19% apenas em São Paulo.
No entanto, a opção se tornou menos atraente nos últimos anos. Por causa da dificuldade de venda durante a crise econômica, o estoque disparou. Isso aumentou a oferta disponível, o que também ajudou a diminuir a rentabilidade do aluguel em certos aspectos. O retorno, que era de 27,5%, baixou para 1,8% em agosto de 2018.
Com isso, a escolha se mostra menos adequada para quem investe em imóveis. No começo de 2019, o valor do aluguel passou a subir acima da inflação, o que pode tornar ainda mais difícil a conquista de novos inquilinos.
Tudo isso demonstra que vender imóvel é a melhor alternativa — tanto no momento, quanto para os próximos anos, diante de uma recuperação. Desde que haja a aquisição por bons preços e o apoio de uma imobiliária, é possível fechar o contrato particular de compra e venda com excelentes resultados.
A retomada de crescimento do setor imobiliário para 2019 aponta que vender imóvel voltará a ser vantajoso. Com o apoio certo, é possível conquistar a melhor oferta e máxima rentabilidade.
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